Proposta pelas artistas Vânia Medeiros e Beatriz Cruz, a série Conversações é um dos eixos de ativação da obra deposição, de Daniel de Paula, Marissa Lee Benedict e David Rueter, que ressignifica uma antiga roda de negociações da bolsa de valores de Chicago a partir de de seus usos na Bienal.
Neste encontro, com mediação do curador geral Jacopo Crivelli Visconti, os artistas da 34ª Bienal conversam sobre suas obras, processos e o significado de participar desta edição. A conversa realizada em inglês terá tradução (apoio de British Council).
Desta conversação, participam:
- Nascida em Nicosia no Chipre, Haris Epaminonda (1980) possui um trabalho com um tom próprio e único, em todas as suas colagens, vídeos e filmes, livros de artista. É nessa capacidade de deslocar o olhar do observador, de levá-lo a enxergar o que parecia, até então, irrelevante, que pode ser identificada uma qualidade distintiva do trabalho de Epaminonda. Na 34ª Bienal, exibe os filmes em super 8mm da série Chronicles e as fotografias comisionadas Grids (2021).
- Manthia Diawara (1953, Bamako, Mali), escritor, pesquisador de estudos culturais, diretor de cinema e acadêmico. Diawara escreveu amplamente sobre filmes e obras literárias que abordam a Diáspora Negra. Por meio de seus filmes, Diawara tem construído um repertório extremamente rico e estratificado de retratos de pensadores de várias partes do mundo, que são convocados para um diálogo imaginário na instalação concebida para a 34ª Bienal, uma espécie de “parlamento” de autores fundamentais para a formação do próprio artista e para a compreensão do mundo em que vivemos. Ambos video instalaçãoes Towards the New Baroque of Voices (2021) e An Opera Of The World (2017) são exibidas nesta edição da Bienal.
- Olivia Plender (1977, Londres, Reino Unido) é uma artista cujo trabalho se baseia em projetos de pesquisa histórica, nos quais analisa modelos pedagógicos e movimentos revolucionários, sociais, políticos e religiosos ocorridos durante os séculos 19 e 20. Plender procura suas fontes tanto em arquivos institucionais como na literatura e nas narrativas anônimas e populares. Ela utiliza esses recursos para produzir instalações, vídeos e histórias em quadrinhos expandidos na atualidade, com o intuito de desmascarar e entender as estruturas hierárquicas e os protocolos sociais vigentes. Na 34ª Bienal, exibe a videoinstalação Hold Hold Fire (2020) e a série Arrest! (2021).
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Caroline A. Jones, Eyesight Alone: Clement Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
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Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).