[suspenso] Conversação com Sueli Maxacali, Isael Maxacali e Paula Berbert Programação pública

06 Nov 2021 16:00 - 17:00 Pavilhão da Bienal
Vista da obra <i>deposição</i>. Foto: Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
Vista da obra deposição. Foto: Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo

Este evento foi suspenso devido ao falecimento do artista Jaider Esbell. Artista, escritor, curador e ativista macuxi, Esbell é um dos artistas participantes da 34ª Bienal, mas sua contribuição se estendeu para muito além da apresentação de seus próprios trabalhos, envolvendo intensas trocas com os curadores e outros artistas da mostra, uma atuação curatorial histórica na exposição coletiva organizada em parceria entre a Bienal e o Museu de Arte Moderna de São Paulo, e o desenvolvimento de ações na programação pública em colaboração com outros artistas, da qual este evento faria parte.


Proposta pelas artistas Vânia Medeiros e Beatriz Cruz, a série Conversações é um dos eixos de ativação da obra deposição, de Daniel de Paula, Marissa Lee Benedict e David Rueter, que ressignifica uma antiga roda de negociações da bolsa de valores de Chicago a partir de de seus usos na Bienal. 

Neste encontro, os convidados conversam sobre a arte indígena contemporânea e sua importância no atual contexto em defesa do patrimônio cultural e dos direitos dos povos originários no Brasil.

Desta conversação, participam:

  • Artista convidada da 34ª Bienal de São Paulo, Sueli Maxakali, é professora, artista e cineasta do povo Tikmũ'ũn_Maxakali. Conhecedora das histórias e dos cantos ancestrais dos espíritos yãmĩyxop, Maxakali é a principal liderança feminina da Aldeia-Escola-Floresta Hãmkãĩm (Ladainha-MG), uma das maiores defensoras do patrimônio cultural Maxakali e dos direitos de seu povo. Doutora por Notório Saber em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui graduação no curso de Formação Intercultural de Educadores Indígenas nesta mesma universidade. Possui uma vasta produção audiovisual, premiada nacional e internacionamente. Participou das exposições Cantobrilho Tikmũ’ũn… no limite do país fértil (2010) e No caminho da Miçanga (2015), no Museu do Índio (Rio de Janeiro), e do projeto Vaivém (2019 – 2020) nos Centros Culturais Banco do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte). Foi co-curadora da exposição Mundos Indígenas (2019) no Espaço de Conhecimento da UFMG (Belo Horizonte). Sua obra também está sendo exibida na mostra coletiva Moquém_Surarî: arte indígena contemporânearealizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo, parte da rede da 34ª Bienal de São Paulo. 
  • Liderança da Aldeia-Escola-Floresta Hãmkãĩm (Ladainha-MG) e do povo Tikmũ'ũn_Maxakali, Isael Maxakali é cineasta e educador. Seu trabalho no campo do audiovisual é vasto e reconhecido por diversos prêmios nacionais e internacionais. Atualmente tem ampliado sua pesquisa artística para outras linguagens e suportes, em que o desenho ocupa um lugar de destaque. Possui graduação no curso de Formação Intercultural de Educadores Indígenas (FIEI) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).  Integra o coletivo audiovisual Pajé Filmes, desde sua fundação em 2008, e atua como coordenador da escola indígena de sua comunidade. Foi duas vezes professor do Programa de Formação Transversal em Saberes Tradicionais da UFMG, co-curador da exposição Mundos Indígenas (2019, Espaço de Conhecimento da UFMG) e vencedor do Prêmio Pipa Online em 2020. Participou da mostra Vaivém, que circulou pelas sedes do Centro Cultural Banco do Brasil de diversas capitais brasileiras entre 2019 e 2020. Atuelmente, é um dos artistas convidados da exposição coletiva Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea, realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo, parte da rede da 34ª Bienal de São Paulo. 
  • Paula Berbert é antropóloga e coordenadora de projetos na Galeria Jaider Esbell de Arte Indígena Contemporânea. Atua nos campos da curadoria e mediação intercultural, articulando iniciativas de artistas e cineastas indígenas aos sistemas ocidentais de arte e cinema. Tem experiência em comunidades pedagógicas formais e não-formais, especialmente nos temas da arte-educação e artivismo, em direitos humanos e socioambientais, questões indígenas, feministas e decoloniais. É mestre em Antropologia (UFMG) e especialista em Estudos e Práticas Curatoriais (FAAP). Atualmente faz doutorado no Programa de Pós-graduação em Antropologia da USP, onde realiza pesquisa sobre arte indígena contemporânea.
  1. Caroline A. Jones, Eyesight Alone: Clement Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
  2. Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
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