A Fundação Bienal realiza projeto em Cidade Tiradentes

01 Jun 2021
Performance no The Centre for the Less Good Idea, Johannesburg, 2019. Foto: Stella Olivier. Cortesia da artista e The Centre for the Less Good Idea

Entre junho e julho de 2021, como parte de sua participação na 34ª Bienal de São Paulo, a artista Marinella Senatore trará seu projeto nômade Escola de Dança Narrativa [The School of Narrative Dance] para Cidade Tiradentes (São Paulo, SP). Em colaboração com o grupo londrino Esprit Concrete, serão ministrados workshops on-line gratuitos sobre movimentação do corpo como ferramenta de liberdade de expressão e autoconhecimento. A ação é voltada para os moradores da região e é organizada com o apoio de uma equipe local composta pela atriz Ellen Rio Branco; pelo produtor Guilherme César e pela Coletiva Oyasis – Mulheres Búfalo.

Realizado em mais de 23 países e impactando cerca de seis milhões de pessoas, o projeto Escola de dança narrativa consiste em um modelo de ensino, com base na linguagem corporal, troca de experiências e técnicas de movimento, a partir da dança e do teatro. A escola se molda para atender a realidade e as necessidades de cada grupo e local, por meio de práticas abertas e interdisciplinares que consideram as vivências pessoais dos participantes. Na Cidade Tiradentes, o projeto será realizado pela artista italiana, convidada da 34ª Bienal de São Paulo, em parceria com o grupo londrino Esprit Concrete, que visa promover um autoconhecimento emocional, psicológico e físicos, por meio de aulas de parkour e de arte do deslocamento. 

Para o projeto, serão formadas 12 turmas de 10 participantes, e cada uma participará de 2 encontros de 1h30 de duração. As atividades acontecerão entre junho e julho de 2021. Os interessados poderão acessar a transmissão por seus dispositivos pessoais ou em locais abertos em Cidade Tiradentes nos quais será disponibilizada  estrutura de transmissão. 

Mais informações: comunicacao@bienal.org.br



Marinella Senatore
Inspirada pela fertilidade dos ambientes de criação artística coletiva, tais como os da música e do cinema, a professora e artista italiana Marinella Senatore (1977, Cava de' Tirreni, Itália) enfatiza, desde o início de sua carreira, o compartilhamento e a horizontalidade autoral de performances, peças de teatro e ações que organiza. Seus trabalhos recentes são fundamentados em longos processos de troca e colaborações que incluem encontros, oficinas e eventos abertos a fim de ativar o potencial artístico dos grupos participantes.

Escola da Dança Narrativa [The School of Narrative Dance]
Iniciada em 2013 por Marinella Senatore, a Escola é organizada de maneira colaborativa e horizontal, de modo que todos os participantes podem contribuir significativamente para o seu desenvolvimento. Seu modus operandi incentiva a emancipação dos integrantes na medida em que reforça a relevância de suas contribuições individuais para a comunidade, para a esfera coletiva e para a realização de cada indivíduo.

Esprit Concrete
Esprit Concrete visa a ajudar os indivíduos a adquirir uma compreensão mais profunda de seus estados emocionais, psicológicos e físicos através do movimento e da autorreflexão baseada em uma experiência de Art du Deplacement [Arte do deslocamento], com desafios físicos e atividades em grupo. As aulas costumam ser realizadas ao ar livre, na comunidade, para encorajar os participantes a interagir positivamente com seu entorno e também ajudá-los a superar as barreiras, físicas ou mentais, que o bairro possa representar para eles.

Sobre a Fundação Bienal de São Paulo
Fundada em 1962, a Fundação Bienal de São Paulo é uma instituição privada sem fins lucrativos e vinculações político-partidárias ou religiosas, cujas ações têm como objetivo democratizar o acesso à cultura e estimular o interesse pela criação artística. A Fundação realiza a cada dois anos a Bienal de São Paulo, a maior exposição de arte do hemisfério sul, e suas mostras itinerantes por diversas cidades do Brasil e do exterior. A instituição é também guardiã de dois patrimônios artísticos e culturais da América Latina: um arquivo histórico de arte moderna e contemporânea que é referência na América Latina, e o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, sede da Fundação, projetado por Oscar Niemeyer e tombado pelo Patrimônio Histórico. Também é responsabilidade da Fundação Bienal de São Paulo a tarefa de idealizar e produzir as representações brasileiras nas Bienais de Veneza de arte e arquitetura, prerrogativa que lhe foi conferida pelo Governo Federal em reconhecimento à excelência de suas contribuições à cultura do Brasil.


Sobre a 34ª Bienal de São Paulo
Marcada pelo encontro e potencialização mútua entre projeto curatorial e atuação institucional, a 34ª Bienal de São Paulo enfatiza a multiplicidade de leituras possíveis de uma obra e de uma exposição. Para tanto, ela adotou uma estrutura de funcionamento inovadora, que envolveu a realização de mostras e ações apresentadas no Pavilhão da Bienal desde fevereiro de 2020 e a articulação com uma rede de instituições paulistas. A dinâmica de exposições individuais foi interrompida com a chegada da pandemia de Covid-19, e a mostra coletiva foi adiada para setembro de 2021. Com curadoria geral de Jacopo Crivelli Visconti, a equipe curatorial da 34ª Bienal é composta por Paulo Miyada (curador adjunto), Carla Zaccagnini, Francesco Stocchi e Ruth Estévez (curadores convidados). Encarado mais como uma afirmação que como um tema, o título da 34ª Bienal de São Paulo, Faz escuro mas eu canto, é um verso do poeta Thiago de Mello (1926, Barreirinha, AM).
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