Visitas mediadas na exposição Vento no Pavilhão da Bienal

01 Dec 2020
Vista da obra de Regina Silveira na exposição Vento. Crédito: Levi Fanan/ Fundação Bienal de São Paulo

A equipe de mediação da Fundação Bienal de São Paulo convida você para participar das visitas programadas na mostra Vento.

Faça a sua inscrição aqui! 

Saiba mais sobre cada uma das visitas propostas abaixo. O ponto de encontro é na entrada da exposição. 

Cantos afrodiásporicos: a partir de uma poética-política visual e musical
quartas-feiras (02.12 e 09.12), das 17h às 18h30
A visita apresenta os cantos de matriz afrodiaspórica que permeiam os trabalhos dos artistas Deana Lawson, Musa Michelle Mattiuzzi, Neo Muyanga e Paulo Nazareth. Serão propostos exercícios de audição, trazendo a música negra em diálogo com temáticas de suas obras. Do canto elaborado na experiência da plantation, passando para a situação de encarceramento e seus desdobramentos à música rap, a visita programada convida a todos a participarem dessa experiência sensível.

Como pode o vento tornar-se algo visível?
quintas-feiras (03.12 e 10.12), das 17h às 18h30
Em um ensaio de 1893, o historiador da arte alemão Aby Warburg escreve sobre a representação do vento em duas pinturas florentinas do século 15. Ora, como pode uma imagem estática dar a ver algo invisível? Como produzir movimento e sugerir que muitas coisas acontecem ao mesmo tempo em um espaço vazio? Tornar o vento visível é também um aspecto do vídeo homônimo, Vento (1968), da artista Joan Jonas, no qual a massa abundante e invisível de ar atua contra os corpos dos performers que resistem e dançam. A visita especula sobre as relações entre as obras e a condição espaçada e rarefeita da própria exposição Vento.

Resistência e reexistência
sextas-feiras (04.12 e 11.12), das 17h às 18h30
A visita tratará de obras que apresentam a resistência e as reexistências de diversas modos, tendo como referência o pensamento do escritor e líder indígena Ailton Krenak. Resistência ao vento, resistência a regimes ditatoriais, resistência à letalidade da história única, entre outras. E reexistência em diferentes cosmologias, por meio da memória de lutas e pela ancestralidade negra e indígena. Serão percorridas obras de artistas como Deana Lawson, Jaider Esbell e León Ferrari.

Corpo como lugar de memória e política
sábados (28.11, 05.12, 12.12) , das 17h às 18h30 (para maiores de 14 anos)
A visita propõe abordar o corpo como protagonista, seja porque nele recai simbologias opressivas, seja porque ele oferece um testemunho de lutas políticas de ontem e de hoje. Entre os elementos que serão abordados estão os punhos erguidos ao céu contra a segregação racial feito pelo atleta estadunidense Tommie Smith nos jogos olimpícos de 1968, presente na obra Tommie (2017), de Paulo Nazareth, ou a recriação poética da máscara de flandres em Experimentando o vermelho em dilúvio (2016), de Musa Michelle Mattiuzzi. Também serão abordadas obras de artistas como Jaider Esbell e Regina Silveira.

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