Texto Os involuntários da pátria (2016), de Eduardo Viveiros de Castro

O reconhecimento de que os saberes e as cosmovisões dos povos indígenas no Brasil, conhecimentos construídos sobre bases não ocidentais, sobrevivem há séculos a violências e apagamentos físicos e simbólicos, encarnando, em sua "rexistência” mesmo, o sentido das palavras resistência e perenidade, foi importante para o desenvolvimento de alguns conteúdos presentes na publicação educativa Primeiros Ensaios.

A ideia de "rexistência" foi desenvolvida pelo antropólogo Eduardo Viveiros de Castro em texto apresentado durante o ato Abril Indígena, na Cinelândia, no Rio de Janeiro, em 20 de abril de 2016: “Por isso tudo, a luta dos índios é também a nossa luta, a luta indígena. Os índios são nosso exemplo. Um exemplo de ‘rexistência’ secular a uma guerra feroz contra eles para desexisti-los, fazê-los desaparecer, seja matando-os pura e simplesmente, seja desindianizando-os e tornando-os ‘cidadãos civilizados’, isto é, brasileiros pobres, sem terra, sem meios de subsistência próprios, forçados a vender seus braços – seus corpos – para enriquecer os pretensos novos donos da terra”. Confira aqui

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