Em conexão com a cidade

© Roman Atamanczuk / Fundação Bienal de São Paulo

A Bienal de São Paulo já nasceu, em 1951, profundamente conectada à cidade que a abriga. Ao longo de sua história, enquanto a mostra estabelecia seu lugar na cena cultural nacional e internacional, a Fundação Bienal, por sua vez, consolidou-se por seu forte compromisso com o fomento à produção artística, sua constante busca de diálogo com os inúmeros agentes que compõem o sistema das artes e sua missão histórica de divulgar arte global e brasileira a um público brasileiro e global. 

Situada na maior metrópole da América Latina, a Fundação Bienal confere em sua atuação especial atenção, como não poderia deixar de ser, às instituições que, com ela, contribuem para compor o pulsante cenário cultural da cidade. Mas, mais do que isso, compreende o quanto é indispensável ao seu trabalho o apoio de  uma rede ampla de parceiros, que inclui desde patrocinadores, apoiadores e órgãos públicos a colaboradores, a administração do Parque Ibirapuera e seus frequentadores – além, é claro, daquele que é sua razão de existir: o público. 

Neste contexto, a 34ª Bienal acontece como fruto de um feliz encontro. Por um lado, há uma instituição que aposta na importância do diálogo e na potência de sua rica teia de parceiros. Por outro, encontra-se um projeto curatorial que se apropria da vocação e dos pontos fortes da instituição ao propor o formato inédito desta edição, que se expande em dois eixos. No tempo, a 34ª Bienal se alonga por meio da realização, no Pavilhão da Bienal, de eventos e mostras que antecipam a exposição de setembro. No espaço, se alarga ao colaborar com mais de 25 instituições da cidade, formando, para além das relações institucionais, uma rede de relações artísticas e curatoriais. 

Nesses tempos e espaços expandidos, espera-se multiplicar as possibilidades de contato e relacionamento com a arte, pois é em sua capacidade de transformação e abertura para o outro que residem a força e a motivação desta Fundação. Pois jamais foi tão importante quanto neste momento de polarização extrema ressaltar a importância do diálogo e das relações entre diferentes.

José Olympio da Veiga Pereira
Presidente – Fundação Bienal de São Paulo

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