34ª Bienal de São Paulo inaugura sua programação pública com encontros na Oficina Cultural Oswald de Andrade

Adrián Balseca, El Cóndor pasa, 2015

Com a “poética da relação” como um de seus conceitos centrais, a 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto adota um formato inovador, expandindo-se no espaço e no tempo. Marcada pelo encontro e potencialização mútua entre projeto curatorial e atuação institucional, a próxima edição da Bienal envolve a realização de mostras e ações apresentadas no Pavilhão da Bienal a partir de fevereiro de 2020 e a articulação com uma rede de mais de 20 instituições paulistas, que promoverão, em seus próprios espaços, exposições integrantes da 34ª Bienal a partir de setembro do mesmo ano. 

É no contexto da promoção de situações que possibilitem uma pluralidade enriquecedora de posicionamentos e pontos de vista, o qual configura uma das propostas centrais da 34ª Bienal de São Paulo, que a Oficina Cultural Oswald de Andrade torna-se, agora, um dos elos da rede que se constrói com o evento. Com essa colaboração, o espaço recebe, até meados de 2020, falas e encontros com artistas, curadores e especialistas que participam da 34ª Bienal  – as primeiras ações a compor a programação pública da mostra. 

“Assim como, no âmbito internacional, as viagens de pesquisa curatorial têm sido aproveitadas pela Fundação Bienal, por meio da articulação com seus parceiros institucionais, para a realização de talks que difundam os conteúdos da mostra, a vinda de artistas para São Paulo oferece uma oportunidade para promover encontros com o público, que pode, assim, conhecer aspectos da produção dos artistas convidados antes da abertura da mostra”, afirma José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal. 

De acordo com Paulo Miyada, curador adjunto da 34ª edição da mostra, “um dos aspectos norteadores do trabalho curatorial é a noção de ‘ensaio’. Por um lado, o termo é utilizado no sentido conferido-lhe pelo artista Francis Alÿs, isto é, como símbolo do contexto latino-americano (a partir de onde a Bienal está programaticamente pensada), onde as coisas parecem sempre estar por chegar a algum lugar, mas, como num ensaio, desafinam e são obrigadas a recomeçar. Por outro lado, a ideia de ensaio permite pensar a 34ª Bienal como um processo, um espaço onde as coisas se apresentam sem a ambição de ser definitivas, amplificando a importância da ressignificação que surge das relações que se criam ao longo do tempo. É nesse sentido que está sendo proposto um conjunto de ações públicas que, como momentos de um ensaio aberto, irão acontecendo de maneira orgânica e fluida até setembro de 2020”. 

34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto
Programação pública / Oficina Cultural Oswald de Andrade
Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro, São Paulo
Entrada gratuita / 50 vagas (participação por ordem de chegada)

Conversa aberta com Neo Muyanga
10/10/2019, quinta-feira, 19h30 - 21h30

Conversa aberta com Adrián Balseca
12/10/2019, sábado, 16h30 - 18h30

Conversa aberta com Philipp Fleischmann
9/11/2019, sábado, 11h - 13h

Conversa aberta com Beatriz Santiago Muñoz
12/11/2019, terça-feira, 19h - 21h

Conversa aberta com Ximena Garrido-Lecca
30/1/2019, quinta-feira, 19h30 - 21h30

Conversa aberta com os curadores da 34ª Bienal
4/1/2020, terça-feira, 19h30 - 21h30

Conversa aberta com Yuko Mohri
19/2/2020, quarta-feira, 19h30 - 21h30

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