Os Círculos de Arte são momentos de conversa entre o público e a equipe de mediação da 34ª Bienal que têm por objetivo a construção compartilhada de sentidos sobre as obras expostas e as possíveis relações entre elas. Inspirados nos princípios de autonomia, horizontalidade e dialogicidade propostos por Paulo Freire, serão realizados treze Círculos de Arte, um por semana, sobre os enunciados que organizam a exposição.
Inscrições abertas aqui! As vagas são limitadas.
Local: espaço de mediação, localizado no térreo
Círculo de Arte #7 - A imagem gravada de Coatlicue
O que é irredutível em você? Qual história você deseja mudar? Com essas perguntas abriremos o Círculo de Arte dedicado ao enunciado Coatlicue, também conhecida como "Dama de la Falda de Serpientes" [senhora da saia de serpentes], deusa da mitologia asteca, padroeira da vida e da morte. Em 1790, um grupo de trabalhadores que fazia escavações na Praça Central da Cidade do México descobriu uma estátua de 24 toneladas e 2,5 metros de altura de Coatlicue. O vice-rei Revillagigedo ordenou que Coatlicue fosse levada para a Universidade Real e Pontifícia do México como uma relíquia do passado mesoamericano, mas o medo de despertar a memória dos indígenas subjugados ia acompanhado do pavor por sua beleza brutal, fora dos cânones ocidentais de harmonia e decoro. Enterraram-na novamente sob o claustro da universidade, até que, em 1804, um curioso Alexander Von Humboldt, pediu para vê-la durante sua visita à Nova Espanha. As crônicas narram que o explorador alemão começou a desenhá-la sem, no entanto, completar a ilustração: os religiosos da universidade tornaram a escondê-la sob a terra, talvez temendo que seu poder se tornasse incontrolável, e Humboldt teve que soltar as rédeas de sua imaginação para imortalizar a aura poderosa de Coatlicue em seus esboços.
Círculo de Arte #7 - A imagem gravada de Coatlicue Coatlicue
21/10, quinta-feira, 16h
23/10, sábado, 16h
Ponto de encontro: Espaço de Mediação do térreo
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Caroline A. Jones, Eyesight Alone: Clement Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
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Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).