Éric Baudelaire

Vista da bandeira [view of the flag] <i>Beau comme un Buren mais plus loin</i> [Bonito como um Buren, mas mais longe] [As beautiful as a Buren but further] (2019), de [by] Éric Baudelaire, na [at the] 34ª Bienal de São Paulo.   © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
Vista da bandeira [view of the flag] Beau comme un Buren mais plus loin [Bonito como um Buren, mas mais longe] [As beautiful as a Buren but further] (2019), de [by] Éric Baudelaire, na [at the] 34ª Bienal de São Paulo. © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
Vista da instalação [view of the installation] <i>Tu peux prendre ton temps</i> [Você pode tomar o seu tempo] [You Can Take Your Time] (2019), de [by] Éric Baudelaire, na [at the] 34ª Bienal de São Paulo. © Levi Fanan /Fundação Bienal de São Paulo
Vista da instalação [view of the installation] Tu peux prendre ton temps [Você pode tomar o seu tempo] [You Can Take Your Time] (2019), de [by] Éric Baudelaire, na [at the] 34ª Bienal de São Paulo. © Levi Fanan /Fundação Bienal de São Paulo
Vista da instalação [view of the installation] <i>Tu peux prendre ton temps</i> [Você pode tomar o seu tempo] [You Can Take Your Time] (2019), de [by] Éric Baudelaire, na [at the] 34ª Bienal de São Paulo. © Levi Fanan /Fundação Bienal de São Paulo
Vista da instalação [view of the installation] Tu peux prendre ton temps [Você pode tomar o seu tempo] [You Can Take Your Time] (2019), de [by] Éric Baudelaire, na [at the] 34ª Bienal de São Paulo. © Levi Fanan /Fundação Bienal de São Paulo
Vista da instalação [view of the installation] <i>Tu peux prendre ton temps</i> [Você pode tomar o seu tempo] [You Can Take Your Time] (2019), de [by] Éric Baudelaire, na [at the] 34ª Bienal de São Paulo. © Levi Fanan /Fundação Bienal de São Paulo
Vista da instalação [view of the installation] Tu peux prendre ton temps [Você pode tomar o seu tempo] [You Can Take Your Time] (2019), de [by] Éric Baudelaire, na [at the] 34ª Bienal de São Paulo. © Levi Fanan /Fundação Bienal de São Paulo

A maioria das obras de Éric Baudelaire (1973, Salt Lake City, Utah, EUA) surge da interseção de planos distintos e aparentemente distantes: relatos de episódios históricos não muito conhecidos que se entrelaçam com amplas análises políticas ou sociológicas; estudos de iconografia cinematográfica que revelam visões de mundo revolucionárias; correspondências imaginárias que antecipam ou ecoam trocas reais; aprofundadas e meticulosas pesquisas sociopolíticas que se transformam, quase imperceptivelmente, em narrativas fantásticas. Formado em ciências sociais com uma tese sobre política do Oriente Médio contemporânea (tema recorrente também em seu trabalho artístico), Baudelaire recorre frequentemente a estratégias de pesquisas de campo para constituir a estrutura inicial da obra [framework], que é depois desconstruída e transformada, como em FRAEMWROK FRMAWREOK FAMREWROK... (2016), coleção de mais de 400 diagramas retirados de publicações acadêmicas que tentam explicar o fenômeno do terrorismo a partir da perspectiva da sociologia, da teoria dos jogos, da economia, da psicologia...

Na 34ª Bienal, Baudelaire apresenta seu último filme, Un Film dramatique [Um filme dramático] (2019). Trata-se de um documentário que acompanha o dia a dia de alunos de ensino fundamental da escola Dora Maar, em Saint-Denis, subúrbio de Paris onde residem principalmente imigrantes de primeira e segunda geração, frequentemente marginalizados e discriminados pela sociedade francesa. Resultado de interações quase semanais com um grupo de estudantes voluntários ao longo de quatro anos, o filme revela seu amadurecimento como realizadores de filmes e sua percepção das dificuldades e desafios que os esperam. Ao mesmo tempo extremamente direto e poético, o filme é um retrato magistral, desencantado e, apesar de tudo, alegre, do mundo em que vivemos, no qual confluem e se fundem as lições do grande cinema francês do século 20, do cinema verité de Jean Rouch à nouvelle vague leve e irônica de François Truffaut. 



Apoio: Institut français à Paris

  1. Caroline A. Jones, Eyesight Alone: Clement Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
  2. Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
Compartilhe
a- a a+