Darcy Lange

Vista da instalação [view of the installation] <i>Studies of Teaching in Four Oxfordshire Schools</i> [Estudos de ensino em quatro escolas de Oxfordshire] (1977), de [by] Darcy Lange, na [at the] 34ª Bienal de São Paulo.  © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
Vista da instalação [view of the installation] Studies of Teaching in Four Oxfordshire Schools [Estudos de ensino em quatro escolas de Oxfordshire] (1977), de [by] Darcy Lange, na [at the] 34ª Bienal de São Paulo. © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
Vista da instalação [view of the installation] <i>Studies of Teaching in Four Oxfordshire Schools</i> [Estudos de ensino em quatro escolas de Oxfordshire] (1977), de [by] Darcy Lange, na [at the] 34ª Bienal de São Paulo.  © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
Vista da instalação [view of the installation] Studies of Teaching in Four Oxfordshire Schools [Estudos de ensino em quatro escolas de Oxfordshire] (1977), de [by] Darcy Lange, na [at the] 34ª Bienal de São Paulo. © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
Vista da instalação [view of the installation] <i>Studies of Teaching in Four Oxfordshire Schools</i> [Estudos de ensino em quatro escolas de Oxfordshire] (1977), de [by] Darcy Lange, na [at the] 34ª Bienal de São Paulo.  © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
Vista da instalação [view of the installation] Studies of Teaching in Four Oxfordshire Schools [Estudos de ensino em quatro escolas de Oxfordshire] (1977), de [by] Darcy Lange, na [at the] 34ª Bienal de São Paulo. © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo

Darcy Lange (1946, Urenui, Nova Zelândia – 2005, Auckland, Nova Zelândia) foi um documentarista cujo trabalho tem caráter realista, social e experimental. Além disso, durante os últimos anos de sua carreira dedicou-se à música – especificamente ao violão flamenco – sob o pseudônimo de Paco Campana ou Paco de Taranaki. Participante da vanguarda artística internacional dos anos 1970, Lange foi um inovador nos meios que utilizava e tornou-se um dos pioneiros do videodocumentário, enraizado na tradição dos fotógrafos estadunidenses Walker Evans (1903-1975) e Dorothea Lange (1895-1965). Seus conhecidos “work studies” [estudos sobre o trabalho] (1974-1979) consistem em registros de indivíduos em seus ofícios. Lange registrou operários ingleses na indústria pesada e em pequenas oficinas, pessoas em seus ambientes domésticos e alunos e professores em escolas. Ele também fez incursões no mundo rural espanhol, em propriedades agrícolas e pecuárias. Em seu retorno à sua terra natal, em 1974, Lange continuou a documentar as áreas rurais, especialmente a luta da comunidade Maori pelo acesso à terra.

Em suas filmagens, Lange utilizava longas tomadas, documentando exaustivamente histórias do cotidiano, sem recorrer à montagem. Evitando o roteiro dramático e atento às possibilidades do vídeo como mecanismo de registro exclusivo e inédito, Lange produziu traduções confiáveis ​​da realidade social que, segundo o artista, funcionavam mais como “pesquisas” do que como obras acabadas. Muitos de seus registros foram compartilhados com os protagonistas das ações, documentando suas opiniões e críticas sobre as condições de trabalho e de moradia. Embora Lange tentasse se desvincular de uma chamada arte política, seu pensamento permaneceu dentro de uma ideologia marxista, interessada em compreender e enfatizar a luta de classes, desde a força de trabalho até o acesso à educação.

Work Studies in Schools [Estudos sobre o trabalho nas escolas] consiste em uma série de gravações realizadas em diferentes centros educacionais em Birmingham e Oxford. Lange gravou aulas de diferentes disciplinas, bem como entrevistas com alunos e professores sobre as próprias sessões. Lange interessava-se em investigar a ideia do ensino como forma de trabalho, ilustrando tanto as competências dos professores, como a resposta dos alunos às metodologias de aprendizagem. Abandonando qualquer tipo de maneirismo ou estratégia visual, Lange tornou visíveis os detalhes do sistema educacional, mostrando as marcantes diferenças de classe no ambiente estudantil da Inglaterra dos anos 1970.

  1. Caroline A. Jones, Eyesight Alone: Clement Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
  2. Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
Compartilhe
a- a a+