Philipp Fleischmann

Vista do filme [view of the film] <i>Untitled (34bsp)</i> (2021), de [by] Philipp Fleischmann, na [at the] 34ª Bienal de São Paulo. Comissionada pela Fundação Bienal de São Paulo para a 34ª Bienal [commissioned by Fundação Bienal de São Paulo for the 34th Bienal]. © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
Vista do filme [view of the film] Untitled (34bsp) (2021), de [by] Philipp Fleischmann, na [at the] 34ª Bienal de São Paulo. Comissionada pela Fundação Bienal de São Paulo para a 34ª Bienal [commissioned by Fundação Bienal de São Paulo for the 34th Bienal]. © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
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Vista do filme [view of the film] <i>Untitled (34bsp)</i> (2021), de [by] Philipp Fleischmann, na [at the] 34ª Bienal de São Paulo. Comissionada pela Fundação Bienal de São Paulo para a 34ª Bienal [commissioned by Fundação Bienal de São Paulo for the 34th Bienal]. © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
Vista do filme [view of the film] Untitled (34bsp) (2021), de [by] Philipp Fleischmann, na [at the] 34ª Bienal de São Paulo. Comissionada pela Fundação Bienal de São Paulo para a 34ª Bienal [commissioned by Fundação Bienal de São Paulo for the 34th Bienal]. © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo

Os filmes de Philipp Fleischmann (1985, Hollabrunn, Áustria) constituem um raro exemplo de obra que consegue ser ao mesmo tempo eminentemente física, ou “concreta”, como ele mesmo diz, e puramente conceitual. Inspirado pelos grandes nomes do cinema estruturalista austríaco, como Peter Kubelka, Kurt Kren e Peter Tscherkassky, Fleischmann terminou subvertendo a visão de cinema desses realizadores, que ainda tinha como elemento central o fotograma. Partindo da consideração de que o fotograma não é inerente à película, mas apenas o rastro da passagem dessa película pela câmera cinematográfica convencional, Fleischmann desenvolveu um tipo de câmera inteiramente novo, que permite expor a película em sua extensão total com um único gesto, abolindo o fotograma.

Na visão do artista, as câmeras convencionais carregam “uma concepção muito clara de como a realidade deveria ser transmitida e representada. Queria me livrar do fotograma, porque ele representa um elemento essencial de operações de representação e organizações políticas com que não concordo em absoluto”. É nesse sentido que a prática de Fleischmann é física, pois tem como ponto de partida ineludível a própria fisicalidade da película, mas é também eminentemente teórica, porque explicita seu potencial crítico. Coerentemente com isso, o artista tem se concentrado em representar, em seus filmes, quase exclusivamente a arquitetura de icônicos espaços culturais, confirmando a afinidade intelectual da sua prática com a tradição da arte conceitual, que teve na crítica do cubo branco um de seus motivos recorrentes. Após retratar espaços tão diversos como a Secessão de Viena e o Pavilhão austríaco na Bienal de Veneza, na obra comissionada pela 34ª Bienal Fleischmann responde à arquitetura do Pavilhão Ciccillo Matarazzo criando sua obra de maior respiro, na qual percorre o edifício desde o térreo, rodeado pelo parque Ibirapuera, até a sua cobertura. 



A artista conversou com o público da Oficina Cultural Oswald de Andrade no dia 9 de novembro de 2019. Confira:



Apoio: Phileas – A Fund for Contemporary Art and Federal Ministry Republic of Austria – Arts, Culture, Civil Service and Sport

  1. Caroline A. Jones, Eyesight Alone: Clement Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
  2. Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
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