O curador geral da 34ª Bienal de São Paulo, Jacopo Crivelli Visconti, conversa com pedro frança, artista e membro da Cia Teatral Ueinzz, sobre arte conceitual e crítica institucional. O evento contará com tradução simultânea.
O ponto de partida da conversa é uma obra anônima da 34ª Bienal de São Paulo que consiste na doação, realizada por uma pessoa convidada como artista desta edição, da verba que seria utilizada para a produção de seu trabalho (que compreenderia seu honorário de participação, suas viagens de pesquisa e a produção da obra em si) para famílias de comunidades vulneráveis em São Paulo severamente afetada pela recente pandemia de Covid-19.
A partir deste caso, serão abordadas questões como: Quais são os limites de uma obra de arte? Como podem uma obra ou uma exposição responder a questões sociais e políticas em tempo real? Quais são os dispositivos legais implicados na redistribuição de fundos públicos culturais para ações de cunho social?
pedro frança é artista e membro da Cia Teatral Ueinzz. Estudou na Escola de Artes Visuais no Rio de janeiro entre 2001 e 2005. Desde 2006 realiza atividades pedagógicas diversas, tendo sido professor na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (2006-2012), no MAM-SP (2010-2020) e no Instituto Tomie Ohtake (2011-2019). Desde 2011, vem produzindo pinturas, vídeos e instalações engajadas no rearranjo de imagens e objetos da mídia, da história e da cultura. Entre suas principais exposições individuais e coletivas estão De ontem pra hoje já era amanhã (galeria Jaqueline Martins, 2021), AI-5 - Ainda não acabou de acabar (Instituto Tomie Ohtake, 2018), Transformers (Auroras, 2018), Don’t Judd me, acabei de chegar e tem uma úlcera gigantesca entre nós (MARP, 2018), Lugares do delírio (MAR, Rio de Janeiro, 2017), Frestas – Trienal SESC, 2017, Objeto da Natureza (Temporada de Projetos, Paço das Artes, 2014) e Homeroadmovie (Centro Cultural São Paulo, 2012). Com a Cia teatral Ueinzz participou do desenvolvimento e performances das peças Cais de Ovelhas (2012-15), Gravidade Zero (2015-17) e Mobedique HORS ACVE (2018-19), tendo se apresentado com o grupo em festivais como If I Can’t Dance I Don’t Want to Be Part of Your Revolution (Amsterdam, 2016), Arika Episode 7 (Glasgow, 2015), 31ª Bienal de São Paulo (2014) e Festival Internacional de Teatro de Ouro Preto (2014).
A conversa aberta estava inicialmente planejada para acontecer com Anthony Huberman, diretor e curador-chefe do CCA Wattis Institute, que, devido a imprevistos, não pode comparecer ao evento.
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Caroline A. Jones, Eyesight Alone: Clement Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
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Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).