Os Círculos de Arte são momentos de conversa entre o público e a equipe de mediação da 34ª Bienal que têm por objetivo a construção compartilhada de sentidos sobre as obras expostas e as possíveis relações entre elas. Inspirados nos princípios de autonomia, horizontalidade e dialogicidade propostos por Paulo Freire, serão realizados treze Círculos de Arte, um por semana, sobre os enunciados que organizam a exposição.
Inscreva-se aqui! As vagas são limitadas.
Local: espaço de mediação, localizado no térreo
Círculo de Arte #9 - Dois bordados de João Cândido
João Cândido, apelidado de Almirante Negro, foi uma das lideranças da insurreição ocorrida em novembro de 1910, que ficou conhecida como Revolta da Chibata. Soldados da Marinha assumiram o controle de encouraçados e navios e apontaram os canhões em direção ao Rio de Janeiro, exigindo o fim da chibata e de outros castigos semelhantes. No curto prazo, a revolta foi bem-sucedida, o governo concedeu uma anistia aos marinheiros amotinados e proibiu as punições corporais a bordo. Em pouco tempo, porém, praticamente todos os líderes da revolta foram presos, punidos ou mortos. Na masmorra da Ilha das Cobras, onde João Cândido foi jogado na véspera de Natal de 1910, quase todos os seus companheiros de cela morreram asfixiados pelas exalações da cal usada nas paredes. Nos quase dois anos em que ficou preso, Cândido costumava passar o tempo bordando, e produziu, entre outros, os dois bordados que são apresentados na 34ª Bienal, e que constituem um dos enunciados da exposição.
Círculo de Arte #9 - Dois bordados de João Cândido
6/11, sábado, 16h
Ponto de encontro: Espaço de Mediação do térreo
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Caroline A. Jones, Eyesight Alone: Clement Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
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Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).