Os Círculos de Arte são momentos de conversa entre o público e a equipe de mediação da 34ª Bienal que têm por objetivo a construção compartilhada de sentidos sobre as obras expostas e as possíveis relações entre elas. Inspirados nos princípios de autonomia, horizontalidade e dialogicidade propostos por Paulo Freire, serão realizados treze Círculos de Arte, um por semana, sobre os enunciados que organizam a exposição.
Inscreva-se aqui! As vagas são limitadas.
Local: espaço de mediação, localizado no térreo
Círculo de Arte #1 - Objetos do Museu Nacional
Em dois de setembro de 2018, numa das maiores tragédias na história da cultura no país, a sede histórica do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, foi devastada por um incêndio que destruiu quase a totalidade do acervo histórico e científico da instituição.
Desde então, a equipe de resgate do museu vem trabalhando na identificação e catalogação das peças que, de diversas maneiras, atravessaram o fogo. Três delas foram reunidas na 34ª Bienal, logo no início de um percurso que se propõe a falar, entre outras coisas, do valor e da importância de resistir: uma pedra que com o calor do incêndio se transformou de ametista em citrino; uma ritxòkò (boneca), doada por Kaimoti Kamayurá, do povo Iny da aldeia Karajá de Hawaló, na Ilha do Bananal, Tocantins, para ajudar na reconstituição da coleção, simbolicamente substituindo uma boneca perdida no incêndio; e o meteorito Santa Luzia, segundo maior meteorito encontrado no Brasil, descoberto em 1921 na cidade de Santa Luzia (atual Luziânia), Goiás.
Abrimos este primeiro Círculo de Arte, dedicado ao enunciado Objetos do Museu Nacional, com as perguntas: O que essas histórias nos contam? Que objeto faria você atravessar o fogo para salvar de um incêndio em sua casa, bairro ou cidade? Qual objeto mais antigo você já viu? A que resistimos?
Círculo de Arte #1 - Objetos do Museu Nacional
9/9, quinta, 16h
11/9, sábado, 16h
Ponto de encontro: Espaço de Mediação do térreo
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Caroline A. Jones, Eyesight Alone: Clement Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
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Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).